domingo, 28 de setembro de 2008

8 a 24 de Setembro de 2008 - Kenia Beach & Safari, 14 noites com o African Safari Club


As férias deste ano foram, necessariamente, diferentes. Pela primeira vez, fui de férias sózinho, durante mais de 2 semanas, algo só conseguido, pelo destino escolhido - o Quénia. Após alguma pesquisa na Internet, descobri o African Safari Club, uma organização com sede na Suiça, mas que opera a partir de Londres, aos melhores preços que se possa imaginar.
8 de Setembro - tudo pronto, máxima disposição, o corpo e o espirito mesmo a pedi-las... .Partida de Lisboa às 12:55, voo TAP com destino a Londres. A espera do costume, e às 22:55, partida de Gatwick, voo Monarch, para Mombaça, muito ao sul, do lado do Indico. O programa oferece-me os 2 primeiros dias estendido ao sol, em Shanzu Beach, a norte de Mombaça. Segue-se o Out of Africa Safari, que me levaria durante 7 dias, a visitar os parques Tsavo East, Lago Nakuru, Masai Mara e Kimana-kilimanjaro Game Reserve. Na volta, mais 6 noites em Mombaça, para descarregar a adrenalina e o pó acumulados nas picadas e planicies africanas. O regresso a Londres em 23 de Setembro, às 12:00, chegada ao cair do dia. O dia 24, de aniversário, iria ser passado, descontraidamente, entre a Oxford Street, Picadilly Circus e a Tottenhan Court Road, antes de rumar a Gatwick, onde pelas 16:55, o voo da TAP, me traria de volta à rotina.
 

Mombasa, Shanzu Beach, Dolphin Hotel

9 e 10 de Setembro de 2008 - Chegada a Mombaça bem cedo pelas 8:00. À chegada, o staff do ASC encaminha-nos para o estacionamento onde esperam um conjunto de carrinhas Nissan, perfeitamente decrépitas. Calha-me um motorista pedinchão, que me leva, observador, num percurso de pouco mais de meia-hora por meio de um cenário reconhecidamente africano, igual a outros bem recentes na memória - lixo, mais lixo, caos urbano, transito sem leis nem senso, onde o tempo não conta e não vale a pena stressar. O hotel, na praia, é uma miragem extasiante. Os 2 primeiros dias, foram passados sem grandes preocupações - o desaceleramento para um ritmo mais adequadamente tranquilo, o reconhecimento do hotel e áreas circundantes, os passeios pela praia (sempre na companhia inevitável dos incansáveis "beach boys" que, sem tréguas, tentam qualquer negócio por mais insignificante...), o Indico, as idas a banhos a 28 graus, está-se bem...
 

De Mombaça a Crocodile Camp - Atravessando o Tsavo East National Park


11 de Setembro de 2008 - De manhã cedo, 5ª feira, saída do hotel em Mombaça pelas 08:30. Objectivo do dia: alcançar Crocodile Camp, onde pernoitaremos. Para isso, teríamos que alcançar e atravessar o Tsavo East National Park, o maior do Quénia, por estrada, num percurso total de 320 Km. O grupo do "Out of Africa Safari" é constituido por 5 elementos, um casal de escoceses em lua de mel (Dave e Lisa), um casal de ingleses de meia idade (Alastair e Vivienne) e moi meme. O entusiasmo é evidente, os escoceses são estreantes nestas andanças, mas os ingleses já são repetentes neste mesmo progama.
A 1ª etapa do dia, levou-nos a Sagala Lodge, a 170 Km de Mombaça e a 20 Km de Voi Gate, uma das entradas do Tsavo. Chegámos perto das 12:00. Paragem para almoçar. O local é interessante e porporciona as primeiras fotos. Ali funciona um pequeno santuário de antilopes que deambulam pelo lodge, indiferentes aos babuínos (e eventualmente outros animais, uma vez que o Lodge não têm qualquer vedação de protecção) que vêm do mato circundante, em busca de restos de comida em redor dos bungalows.
Entrámos no Tsavo East National Park pelas 14 horas e iríamos percorrer 130 Km até sairmos por Sala Gate, num cenário todo ele de terra vermelho vivo, salpicado de uma fauna imensa, donde se destacam os enormes elefantes, em numero incalculavel (nas palavras do nosso "enorme" guia indiano), bem como os famosos leões (na verdade só vimos uma leoa), descendentes dos comedores de homens que fizeram a história da construção da célebre linha ferroviária que liga Nairobi a Mombaça e que divide a enorme região do Tsavo nos 2 parques, Tsavo East e Tsavo West.
Alcançamos Crocodile Camp, já fora dos limites do Parque, pelas 18 horas. A noite cai cedo, por volta das 18:30 e após o jantar, assistimos ao ritual de chamamento dos crocodilos do Galana River, que nos presenteiam com a sua luta desenfreada por um pedaço de carne arremessado do terraço sobranceiro ao rio. Depois, resta-nos uma boa noite de sono (nada mais há para fazer), que na manhã seguinte, inicia-se outro dia intenso, com o voo para Lake Nakuru...