domingo, 4 de novembro de 2012

Malanje e As Pedras Negras de Pungo Andongo

03 de Novembro de 2012

Ultimo dia do fim de semana prolongado, 6ª feira de Finados e Sábado.  Ontem, 6ª feira, estivemos em Kalandula e nas suas magnificas Quedas de Água.
Hoje, sábado, rumámos à cidade de Malanje, logo pela manhã, e depois fizemos um desvio no regresso a Luanda, para vermos as impressionantes Pedras Negras de Pungo Andongo...

(Clique nas fotos para vê-las em tamanho grande)
Sábado, manhã cedo. Kalandula é uma vila fantasma !

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Vila de Kalandula, tudo acontece ao longo de uma unica rua...
Hotel Yolaka, Kalandula, local onde jantámos na véspera (não existe outro restaurante). Um 4 estrelas, que reune (quase) todos os vistantes da localidade

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Saída de Kalandula pelas 08:00 horas. Cabras na estrada, algo a que já nos havíamos acostumado nesta altura.
A travessia da velha ponte militar, desta feita em sentido contrário, com destino à capital da provincia, Malanje.
Cruzando o Rio Lucala, em direcção a Malanje, deixando Kalandulo para trás
Malanje, capital da provincia com o mesmo nome, a 423 Km de Luanda (e a 80 Km de kalandula).
Malanje by car
Malanje, Sé catedral
Malanje, centro da cidade

Motociclos, uma "praga" em Malanje
Depois de Malanje, ruma-se a Pungo Andongo, a 116 Km de distancia, via Cacuso.
Cacuso !
Desvio em Cacuso, direcção de Pungo Andongo, cabras por todo o lado ! todo o cuidado é pouco...
Depois de uma curva, bem na nossa frente, surgem os vultos rochosos das Pedras negras de Pungo Andongo, acima da savana densa.
Para a fotografia! Secando a mandioca no asfalto ...
A caminho de Pungo Andongo !
A impressionante mancha verde da savana, para lá da curva da estrada, estende-se, densa, até a linha das enormes Pedras !
Vendem-se, sem pressas, sacas de carvão a quem passa ...
Região de Pungo Andongo...
Estrada para Pungo Andongo, nada a assinalar o caminho para as Pedras Negras !
Quando já pensávamos em voltar para trás ou prosseguir em direcção ao Dondo, pela mesma estrada, uma placa assinala, à esquerda, o desvio para Pungo Andongo ! Logo a seguir este portal dá-nos as Boas Vindas. Afinal o local existe !
À distancia, um grupo de miudos, percebe-nos fora do carro e corre ao nosso encontro para a habitual pedinchisse ...
Do lado esquerdo da estrada, uma formação rochosa, deixa-nos antever algo grandioso !
Também vindos de trás, outros miudos correm na nossa direcção...
Local cénico !
Detalhes da Natureza !
Uma paragem mais, a meio caminho do destino, algures uns Kms acima. Sentimo-nos bem pequeninos no meio de tanto pedregulho!
Que cenário !
As Pedras Negras de Pungo Andongo !
Olha, mais um !
Atingido o topo, a estrada termina numa larga plataforma que dá guarida a uma meia duzia de casas e edificios, um posto policial e uma escola. É o local onde existia uma fortaleza portuguesa, agora em ruinas. Quando já pensávamos ter atingido o nosso destino, um conjunto de carros, prossegue ainda mais, em fila indina, subindo um trilho de terra batida. Atrás deles !
Os carros ficam-se por ali, uns 300 metros depois, numa clareira aberta no local!
Agora tem que ser a pé ! Lembrámo-nos todos da subida de véspera, nas Quedas de kalandula, mas nada podia ser pior do que aquilo ! Seguimos atrás dos outros visitantes, na maioria, pessoal tuga !
A vista do topo é soberba ! As enormes pedras envolvem tudo, engolindo o pequeno mundo do Homem 
Bem no tecto de Pungo Andongo !
Pungo Andongo (Pundo N´Dongo), significa Pedras Altas. Em 1671, os portugueses levantaram aqui uma fortaleza para defesa do presidio (estabelecimento de colonização militar). É a terra da Rainha Ginga, da tribo N´Goba, que se opôs fortemente ao dominio português entre 1620 e 1680 (data da sua morte). Existe uma lenda sobre a sua pegada marcada numa rocha, local que, no entanto, não conseguimos localizar ...
No cimo de Pungo Andongo
O horizonte estende-se para lá de Pungo Andongo
Hora de voltar ! Preocupados com as horas, era preciso voltar à estrada ... rumo a Luanda.
Acho que ainda não tinha esta pedra na colecção !
Não voltámos pelo Cacuso. À saída De Pungo Andongo, virámos à esquerda! Uma pista nova, mais de 200 km, até o Dondo, apenas uns meros 15-20 Kms foram percorridos em terra batida, quase no finalzinho. Carros, talvez meia duzia em toda a sua extensão. Será pelos tais poucos Kms em terra batida?. Depois...Luanda.



Quedas de Kalandula e Musseleje

02 de Novembro de 2012

Fim de semana prolongado, 6ª feira de Finados e Sábado.  Dois dias com destino marcado para a provincia de Malange. A ideia era aproveitarmos a 6ª feira, feriado de 2 de Novembro, para chegarmos a Kalandula e o Sábado, dia 3, para conhecermos a cidade de Malanje e darmos uma esticada até às Pedras Negras de Pungo Andongo, já no regresso a Luanda.
Valeu pela espectacularidade dos cenários de Kalandula (ex-Quedas de água do Duque de Bragança) e pelas formações rochosas de Pungo Andongo...
Uau, esta é a Angola África, longe da descaracterizada Luanda !
Eu e um grupo de malta amiga...

(Clique nas fotos para vê-las em tamanho grande)
 
1º dia, 02/11/2012, 6ª feira, na estrada já depois do Cacuso, a 2 dezenas de kms do desvio para Kalandula, aparecem os vultos das "Pedras Negras" de Pungo Andongo, nosso destino para o dia seguinte, sábado.

No desvio para Kalandula, o nome Duque de Bragança ainda aparece por debaixo da pintura desgastada

Ainda muito antes de Kalandula, as quedas de água já são visiveis da estrada... (foto tirada com teleobjectiva)
 
Passando uma ponte militar na estrada para Kalandula...
 
Chegada ao complexo turistico do Grape, a unica alternativa ao Hotel Yolaka (4 ****), em kalandula.
Complexo Turistico do Grape, Kalandula, meia duzia de bungalows equipados e confortaveis

 A poucos quilómetros da vila de Kalandula, estão as Quedas de água com o mesmo nome...  
Quedas de Kalandula, a apenas mais uns metros !!!
As quedas de Kalandula, a 80Km da cidade de Malanje, situadas no Rio Lucala (um afluente do Kwanza) tem 410 metros de extensão e despejam água de uma altura de 105 metros. São as segundas maiores quedas de água de África.
Do outro lado, entre a vegetação, o edificio de uma antiga pousada, agora abandonada e engolida pelo mato...



A total ausência de condições de segurança permitem o acesso total e sem controle ao local das quedas....
 
Arrepiante !
Local com vista em exclusivo !
Depois das Quedas, o Rio Lucala segue o seu percurso pela planicie
A garganta do Rio Lucala, uma centena de metros abaixo. O próximo desafio seria descer até o leito do rio ...
Gala-Gala (era o nome que dávamos a este lagarto em Moçambique), há-os às dezenas por aqui...
Contratados 2 guias por 1000 kwanzas, trilho abaixo em direcção ao leito do rio, a apenas 105 metros, sempre a descer..
Quem conosco se cruzava avisava-nos das dificuldades do percurso ! haja pulmão !!!!
O cenário no final do percurso (30 minutos a descer) !
O cansaço (exaustão mesmo) era evidente, nos primeiros momentos só dava mesmo para pensar na subida !
A água é gelada !
No leito do rio Lucala, aproveitar para repousar e apreciar o cenário magnifico !!!!
Turbilhão de água na nossa direcção
Um guia muito Cool !
Com direito a uma exibição!
Estão em casa !

 
Crocodilos não há, só um pouco mais lá à frente, longe das correntes do local. Pelo menos é do que nos querem convencer os guias...
E na hora do retorno, haja pulmão! A subida é feita em etapas curtas, que as forças foram-se !!!
Ufa ! 45 minutos para subir 105metros =2 metros por minuto, não foi mau !
Depois das Quedas de Kalandula, cerca das 16 horas, vamos em busca de outras mais pequenas, na mesma região, a apenas 20 Km dali. São as quedas de Musseleje. Depois de uns rápidos 5 Km de asfalto, uns longos 15 kms de picada transponiveis...
 
Sem qualquer indicação, seguimos o trilho desconhecido. Valeu-nos o velho Sebastião, a quem demos boleia no caminho e se prestou a levar-nos ao local...
 
Em busca das quedas de Musseleje, algures em frente...
Depois de longos 40 minutos de picada, chegamos ao local indicado pelo velho Sebastião. Onde estão as Quedas?
É aqui !
Mais uns metros a pé, pela mata dentro, seguindo as indicações do Sebastião.
Mundo Verde !


Quedas de Musseleje, um recanto bem escondido !